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Pet adotada entra em hospital veterinário para tratar apatia e falta de apetite e sai sem andar

Hoje paraplégica e usando fraldas, Meg dá uma lição, ensinando que as adaptações fazem parte da vida e que nenhum obstáculo pode nos distanciar da busca incessante pela felicidade 

Tinha tudo para ter um desfecho “apenas” feliz. Dá-se ênfase à palavra “apenas” porque se trata de uma história de amor, com doses cavalares de dor e sofrimento. Mas a adoção da Meg – cachorrinha vira-lata, hoje com um ano e sete meses de vida, com pintas brancas e ruivas e predominância da raça Dachshund (mais conhecida como “Salsichinha”), – trouxe um desfecho que mudou, para o resto da vida, a sua história e de seu tutor, o empresário brasiliense de 45 anos, Flávio Resende.

Tudo começou no início de 2022, quando Flávio decidiu adotar um cãozinho. Achou a Meg pelas redes sociais, em março, período em que ela mal havia completado três meses. A história dela (cuja mãe foi adotada da rua, pouco tempo antes, grávida de Meg e mais quarto irmãzinhas) o comoveu tanto que não teve dúvidas: selariam, naquele dia, uma aliança para o resto de suas vidas.

Já no primeiro encontro, a conexão foi imediata. “Meg que me escolheu”, relata Flávio, emocionado. Em pouco tempo, a nova integrante da Família Resende se adaptou à casa, instalada no Jardim Botânico, onde fez “amigos” na vizinhança e deu um novo colorido para o lar.

Cinco meses depois, no primeiro cio, Meg teve um comportamento apático, perdendo a fome, motivo que levou seu tutor a procurar uma ajuda técnica. O local escolhido foi um dos mais tradicionais de Brasília: o Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau, localizado no final da Asa Sul, próximo ao Setor Policial e Hípica (www. hospitalclemenceau.com.br).

Ainda durante a consulta, Meg fez exames e voltou para casa com um protocolo de tratamento. Dois dias depois, sem sucesso após o uso das medicações, Flávio voltou com sua filha ao hospital, que foi atendida pela mesma profissional, aplicando-lhe medicações por via subcutânea.

Ao chegar em casa, ainda tristonha, Meg deixou de andar. Desde então, deu-se início à uma via sacra, com exames caríssimos e tratamentos de toda ordem (fisioterapia, acupuntura, ozônioterapia) e consulta a especialistas na área Ortopédica e Neurológica. Pelos três meses seguintes, a vida agitada do jornalista, que dirige uma empresa de comunicação na capital federal, parou para cuidar de Meg.

Até hoje, depois de aproximadamente R$ 25 mil investidos no tratamento, Meg segue sem um diagnóstico definido. Todos exames dão resultado negativo para patologias relacionadas com a perda de movimento, o que inclui Leshmaniose, Doença do Carrapato, dentre outros problemas.

No fim do ano passado, Flávio procurou o hospital para um acordo, que garantisse, ao menos, o tratamento de sua pet. Ouviu dos dirigentes do empreendimento (que afirma em seus canais de comunicação ser “pioneiro em Brasília e fundado em janeiro de 1978, com a missão a promover, com ética, cordialidade e competência, a humanização, a transformação social e a geração de conhecimento por meio de trabalho consciente e profissional”) um sonoro “não”. O mesmo hospital que propagandeia, em seu site, que “tem como objetivo proporcionar serviços que gerem saúde e qualidade de vida aos animais, satisfazendo as expectativas de seus proprietários”.

“Eles me disseram que o episódio, embora tivesse ocorrido no hospital, poderia ter sido vivenciado em qualquer outro lugar, inclusive na minha casa. E, por isso, não se sentiam responsáveis pelo desfecho”, afirma.

De acordo com os especialistas responsáveis pelo tratamento de Meg, sua condição é irreversível e a utilização de fraldas também será uma realidade para o resto de sua vida.

Meses depois, a cadelinha ensaia passos um pouco mais firmes, intercalados com rastejos que, por vezes, deixam seus joelhos em carne viva. Seus passeios a céu aberto tornaram-se também mais restritivos, em espaços curtos e preferencialmente gramados.

Em abril, Flávio e Meg mudam do Jardim Botânico para uma região mais central da cidade. A intenção é evitar períodos longos de afastamento dos dois, quando o empresário precisa se deslocar para compromissos profissionais e demora a voltar para casa.

Apesar de todo trauma, Meg está bem. Segue a cada dia melhorando, dentro do possível. Já Flávio pretende ingressar na Justiça, com uma ação por reparação de danos materiais e morais contra o tal hospital. “Os profissionais que lidam com vidas precisam, definitivamente, entender que a humanização das relações precisa ser vivida na prática. No final das contas, espero que o caso da Meg seja exemplar para que nenhum outro bicho passe pelo que minha filha está passando”, finaliza o pai apaixonado, que faz questão de dizer que contou “com uma rede de apoio maravilhosa para dar conta de tantos obstáculos”, com destaque para o casal (Carlos e Paula), que doou a Meg, transformando a sua vida para sempre.

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