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Referências

 

Referências né? Passamos por uma grande mudança de conceitos na sociedade (só ligar a televisão que você percebe isso). O Pantera Negra foi o primeiro super herói negro de ascendência africana em uma grande história em quadrinhos, no caso a Marvel. Criado pelo grande Stan Lee a primeira aparição do rei T’Challa foi na revista 52 do Quarteto Fantástico em julho de 1966. Anos mais tarde, 2019, o filme “Pantera Negra”, protagonizado pelo Chadwick Boseman, foi indicado para 6 categorias no Oscar ganhando 3 (melhor trilha sonora original, melhor figurino, melhor direção de arte). Foi o primeiro grande filme de super herói a ser indicado para melhor filme no Oscar. Mais que isso foi o primeiro filme de um super herói negro de origem africana a ser indicado para o Oscar. Foi um marco na indústria cinematográfica tanto por ter elevado o nível da franquia da Marvel (super heróis são sim temas para excelentes filmes) como pela representatividade: a maioria do elenco é negra. Antes desse enorme sucesso o ator fez um grande filme interpretando o lendário número 42 o jogador de baseball Jackie Robinson, primeiro negro a jogar na Major League Baseball na era moderna. No dia 28/08/20 o ator deixou esse plano terrestre e foi atuar na eternidade. E por que estou aqui escrevendo sobre a morte de um ator? Porque é preciso. Não é ser politicamente correto. Não é defender uma bandeira. É olhar para o que está acontecendo ao redor do mundo e falar. Não há como fechar os olhos e ignorar os movimentos de representatividade negra ao redor do mundo. Movimentos legítimos de representatividade e não travestidos, estes que somente tem intuito de causar desordem com objetivos claramente políticos. Não deve ser preciso usar de violência para alcançar a evolução social. Violência só gera mais violência e no caso gerará mais segregação. Crimes devem ser punidos, independente da raça do ofensor ou da vítima. Martin Luther King Jr e Nelson Mandela estão aí como exemplos negros de como alcançar evoluções sociais sem violência. É um processo demorado. Serão necessárias várias gerações para mudar um pensamento que está impregnado há séculos. A morte de Chadwick pode cair com enorme pesar na evolução social nesse ponto, afinal, ele viveu lutando a favor dessa mudança. Mas vamos ver por uma perspectiva diferente. A carreira dele mostra a grande influência que teve no papel da representatividade negra. Imagina o fascínio de uma criança negra ao entrar na sala de cinema e ver um herói negro como protagonista? Eu não tenho nem como medir isso. Garanto que o impacto na influência de milhares de jovens negros dentro de uma cinema é mais positivamente impactante do que a imagem de várias pessoas andando pela rua com punhos erguidos e entrando em conflito com forças de segurança. É claro que ainda há muito o que evoluir, mas legados como do Chadwick Boseman nos lembram que estamos em constante evolução. E como disse o rei T’Challa: “Na minha cultura a morte não é o fim. É mais um ponto de partida.”

Crédito da imagem perfil IG @coguverde

Sobre Paulo Eldar:

Paulo Eldar é pai de dois meninos, casado, criador do perfil @somentepai no IG, onde fala sobre paternidade, os desafios e papel do pai na sociedade moderna, além de trazer reflexões sobre o comportamento do homem na sociedade.

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