Referência em alto QI e inteligência, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, presidente da ISI Society explica estudos sobre o tema
A relação entre ansiedade e inteligência tem sido um tópico de interesse contínuo na comunidade científica. Recentemente, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em Neurociências, biólogo, e especialista em genômica, trouxe novas percepções sobre esta conexão intrigante.
“A ansiedade frequentemente é vista sob uma luz negativa, mas ela pode ser um sinal de uma mente mais ágil e perceptiva”, explica Dr. Agrela, também membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e presidente da ISI Society, sociedade de pessoas com muito alto QI.
Um estudo de 2018, citado por Dr. Agrela, revela que indivíduos com altos QIs, como os membros da Mensa, têm maior propensão a transtornos psicológicos. “Cerca de 20% dos membros da Mensa relataram diagnósticos de transtornos de ansiedade”, destaca Dr. Agrela de acordo com o estudo, apontando para uma possível correlação entre alta inteligência e saúde mental.
Esta descoberta apoia a teoria do “cérebro hiperativo-corpo hiperativo”, examinando a relação entre inteligência e reações ao estresse. “Pessoas com um QI mais elevado e a possibilidade de transtorno de ansiedade generalizada em alguns casos”, acrescenta Dr. Agrela, referindo-se a um estudo de 2011.
O papel da inteligência emocional nesta relação também é significativo. “Diferentes níveis de inteligência emocional podem estar associados a distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão”, observa Dr. Agrela, com base em um estudo de 2021.
Adicionalmente, a pesquisa indica que a inteligência verbal está particularmente ligada a sentimentos de ansiedade. “Isso pode ser devido à habilidade linguística avançada, um traço comum em pessoas altamente inteligentes”, sugere Dr. Agrela.
Em um estudo conduzido pela IIS Society em 2023, que compreende indivíduos com QI ainda mais elevado que os membros da Mensa, observou-se uma tendência interessante relacionada à ansiedade. “É importante considerar que a predisposição para realizar testes de QI muitas vezes decorre de comportamentos que atraem atenção, sejam eles positivos ou negativos. Esse fenômeno sugere que aqueles que buscam avaliação de QI podem já apresentar traços comportamentais distintos.”
O estudo revela uma correlação entre altos níveis de QI e uma maior incidência de ansiedade, levantando questões sobre as implicações psicológicas dessas descobertas. Além disso, ao comparar com dados da Mensa, torna-se evidente que as nuances da inteligência e seu impacto na saúde mental exigem uma análise mais aprofundada.
Dr. Agrela também aponta que pessoas altamente inteligentes tendem a abordar assuntos mais logicamente, o que pode contribuir para uma maior autoconsciência e estados de preocupação. “Uma mente constantemente ativa pode levar a um estado de sobrecarga mental”, conclui.
Assim, a perspectiva de Dr. Fabiano de Abreu Agrela desafia as concepções tradicionais sobre inteligência e saúde mental, propondo uma compreensão mais profunda das complexidades do cérebro humano.
Referências
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