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“Bença pai, bença mãe!”

Como vamos nos falar muito por aqui, achei justo e interessante eu vir me apresentar melhor para vocês. Nasci em Goiânia mas fui registrada como parto normal em Anicuns para levar em meu documento e minha história a cidade de meus pais e avós. Digo isso com muito orgulho, pois foi lá que comecei a compreender o que era família e também sonhar com a minha que sabia que um dia teria.

Meus avós tiveram dois casais, filhos dedicados que sempre vi pedindo a benção todos os dias e assim cresci, peço a benção até hoje, seja por telefone ou olhando em seus olhos. Cresci também amando e respeitando meus tios e primos, brinco que parecíamos uma matilha de lobo, onde todos eram irmãos. Onde todos eram responsáveis e davam amor e educação. Sou a mais velha de meus pais e fomos 3 filhos até meus 24 anos quando nossos corações adotaram meu primo como nosso novo irmão. Pela grande diferença de idade sempre me senti mãe responsável por eles também.

Aos 9 anos me mudei para Brasília, papai havia passado em mais um novo concurso onde dessa vez podíamos todos vir com ele. Morávamos na Asa Sul, onde colhíamos goiabas subindo no pé, como fazíamos na fazenda , para fazer suco natural. Cheguei aqui falando um “goianês” bem carregado e cheia de orgulho porém sofri com isso na escola, com piadas e desprezo pela “rocerinha”. Lembro que mamãe ia lanchar comigo na escola para que eu não passasse o recreio sozinha. Mas durou pouco, pois voltamos para Goiânia para recebermos meu irmão caçula na presença de toda a família. Já notaram que somos mesmo uma família bem unida, né?!

Pois é, o primeiro ano de vida de Marcos foi lá e depois voltamos. Dessa vez voltei mais esperta, entendendo das coisas da cidade grande e aprendi a me defender melhor, claro, com meus pais sempre ao meu lado. Aos 16 anos nos mudamos para os Estados Unidos, papai conseguira a bolsa para fazer mestrado e doutorado em Direito Tributário no Texas, na SMU. Fomos todos e lá crescemos muito como família, pois foram anos só a gente! Sem meus avós, tios e primos que tanto eu tinha apego, foi sofrido demais no início. Porém foi lá que comecei a crescer e enxergar quem eu era de verdade, já no ensino médio (senior high) era tutora de Inglês e Álgebra para meus colegas que tinham Inglês como segunda língua. Convivi com hindus, mulçumanos, latinos, africanos, adolescentes do todos os lugares que possam imaginar e aí vi como eu amava o mundo, o ser-humano e Deus.

Minha vontade de trabalhar era muita, afinal de contas, todos meus amigos trabalhavam e então me aventurei em diversos empregos. Fui caixa em lanchonete, garçonete e recepcionista em restaurante, vendedora em loja de roupa (ganhei certificado de melhor vendedora do mês duas vezes), fui representante trilíngue de uma das maiores empresas financeiras do mundo(Western Union), e por fim fui personal banker e promovida à gerência antes mesmo de completar meus 21 anos, a unidade do meu banco ficava em uma região onde tinha muito brasileiro. Sempre tentei ser o meu melhor em qualquer função que me foi dada e curiosamente conseguia, com muito esforço em alguns e outros nem tanto.

Meu pais voltaram quase um ano antes de mim, por fim adoeci (ulcera e infecção renal) e não dei conta de ficar longe da minha família. Ah! Esqueci de dizer que ainda fazia meu “economics degree” e cuidava da minha casa, roupas e tudo sozinha (desde meus 19, sim, sempre quis ser Miss Independente).

Voltei para o Brasil e cheia de sonhos, mas descobri que aqui existiam alguns obstáculos a mais que lá fora. Notei que na maioria das vezes tinha que se conhecer muita gente para ”chegar lá” e não por experiência e merecimento. Mas fui enfrentando tudo, voltei para casa dos meus pais que foi super complicado, pois eu era a rainha da minha casa e de repente a rainha era minha mãe de novo; e dentre tantos outros fatores de quem já teve tudo e de repente teve que começar do zero.

Comecei dar aulas de Inglês e a estudar Direito focando em concurso e acreditava que assim meus pais ficariam muito orgulhosos de mim. Lá conheci um moço inteligente que tinha assunto comigo, acabei ficando exigente nesse quesito, pois 5 anos fora mudou muito minha cabeça. Depois de alguns meses de namoro, após um ciclo de antibióticos que eu ingeria junto com anticoncepcional, engravidei. (Não sabia das que as consequências seriam eternas, rsrs). Na época pensava em estudar mandarim, pois sempre tive facilidade com línguas, para preencher uma vaga no Bank of America em Shanghai, até mesmo porque meu namoro já não estava como eu queria.

Claramente Deus tinha outros planos pra mim, e desde a gestação do Ivo ele colocou no meu coração minha missão. O positivo me assustou, óbvio. Mas desde então comecei a me preparar para ser mãe, engolia livros a artigos… Afinal de contas de contas: missão dada é missão cumprida. E lembra quando disse que tento ser minha melhor em qualquer função? Foi isso que fiz e tento fazer até hoje.

Desencantei com Direito por vários motivos e resolvi voltar para área financeira, mas decidi estudar administração, já que ia administrar uma casa, marido e filhos. Oficializei minha união quando descobri a gravidez de Sofia e assim que ela nasceu voltei a dar aulas e estudar, dessa vez não tirei a licença maternidade na universidade como havia feito na vez do Ivo.

Eu tinha pressa…

Tinha 24 anos, um relacionamento infeliz e também tinha dois filhos.

Após 9 meses de terapia de casal vivi um divórcio ainda sem meu diploma na mão, só com os pequenos no colo e um coração quebrado mas cheio de esperanças em encontrar um novo amor, meu “José”.

Continuei estudando, me formei com louvor escrevendo um artigo sobre Coaching que chamou atenção de muita gente, coordenei uma escola, me abri para um novo relacionamento, casei e tive mais dois filhos. Resumi o final porque ainda vamos falar mais sobre muita coisa que apliquei nessas fases.

No parto do Enrico, que quase peguei minha senha no céu, eu parei, olhei pra trás e projetei meu caminho pro futuro. Entendi que minha missão era de ajudar muitas famílias em especial mães, fiz a certificação de Coaching Parental para aplicar dentro do meu próprio lar que deu tão certo que comecei a desenvolver formas de ajudar outras famílias. Não só através de sessões de coaching, mas pelo instagram, pelo “Mom to Planner”, palestras e agora por aqui.

E estou muito feliz.

Acredito que uma mulher é capaz de tudo que ela quiser, principalmente depois da maternidade. Creio em um futuro melhor e no poder da mulher de fazer acontecer!

Vamos juntas? #ColunasBrasíliaKids #ColunaDaGabi

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